Giuseppe Pinelli - A morte de um ferroviário anarquista - [PDF]

Giuseppe Pinelli nasceu em 21 de outubro de 1928 no modesto bairro de Porta del Ticino, em Milão.

Durante a guerra, 1.300 partidários anarquistas formam a Brigada Bruzzi-Malatesta. Pinelli é integrado a ela como mensageiro. Aos 18 anos, torna-se anarquista.

Entra para as ferrovias italianas em 1954, casa-se em 1955 e tem duas filhas com Licia Rognini.

Muito ativo no movimento dos Jovens Libertários, em 1963 ele assegura a ligação entre as gerações de militantes.

Em 1965, participa da criação do Círculo Cultural Sacco-Vanzetti, que influenciaria a juventude milanesa.

Em 1968, inicia conferências no recém-criado círculo anarquista Ponte della Ghisolfa. Ele está entre os fundadores da seção milanesa do sindicato anarcossindicalista USI.

Em Milão, em 12 de dezembro de 1969, uma bomba explode no Banco da Agricultura, na Piazza Fontana. Há 16 mortos e cerca de cem feridos.

Na noite seguinte ao atentado, Pinelli e Pietro Valpreda são presos junto com outros 84 anarquistas.

Em 15 de dezembro, ainda detido ilegalmente, Giuseppe Pinelli é interrogado. Ele morrerá ao cair da janela do quarto andar da sede da polícia milanesa.

A polícia e a imprensa apresentam Pinelli como culpado pelo atentado na Piazza Fontana. Apesar do clima de intimidação, 3.000 pessoas, acompanhadas de bandeiras pretas, comparecem ao seu funeral.

Licia Rognini Pinelli nunca obteve a verdade sobre a morte de Giuseppe.

Pietro Valpreda, libertado em janeiro de 1972, será inocentado em agosto de 1985. Os responsáveis pelo atentado, próximos dos fascistas do movimento Ordine Nuovo, serão absolvidos por insuficiência de provas ou prescrição dos fatos.